Todos nós, os homens e as mulheres do nosso tempo, devemos o nosso tipo de vida, em grande parte, aos cereais: O europeus, ao trigo; os povos americanos, ao milho; e os asiáticos, ao arroz, que terá sido descoberto no sudoeste asiático há cerca de 5.000 anos.

Originário da Ásia, o arroz foi trazido para a Grécia, por Alexandre, o Grande, o criador do grande império que ligou o Oriente e o Ocidente, cerca de 320 anos antes de Cristo. Mas só no século VII a sua cultura foi verdadeiramente implantada na Europa.

É aos Mouros que a Península Ibérica tem que agradecer a introdução da cultura do arroz, muito provavelmente nos séculos VII e VIII. Daí que a sua designação, tanto em Portugal como em Espanha, derive directamente da palavra árabe “roz” (alroz), que já terá vindo, por evolução fonética, do vocábulo persa “orz”.

Em Portugal, só passados muitos séculos, já no reinado de D. Dinis, o Lavrador (1279-1325), aparecem as primeiras referências escritas à cultura do arroz que, nesses tempos, era apenas destinado à mesa dos ricos.
No séc. XV, o período das epopeias portuguesas, a cultura do arroz foi uma das que os navegadores portugueses levaram para a África e América do Sul, nomeadamente para o Brasil.